Archive for novembro 2011

Seção Poema — Sono de Urso

quarta-feira, 23 de novembro de 2011 § 2

Sono de Urso

Após o nascer do sol de engrenagem,
a vida sem tempo aniquila os ares:
o fôlego de ideias se exime dos males,
as águas dos abismos fogem da paisagem.

A vida remota remonta as barbáries;
o tempo escasso sugere superficialidades.
O ritmo insano de regime estatutário
abole os tiranos de más publicidades.

O tempo sem vida na vida sem tempo
acaba com os medos, amores e risos:
poetas não escrevem, o falcão voa lento.
As mortes fora de tempo ironizam...

(Wesley Rezende)

Seção Poema — Brincadeira de Criança

segunda-feira, 21 de novembro de 2011 § 0

Brincadeira de Criança

As crianças, desde cedo,
Trabalhavam duro na roça.
Na hora do folguedo
Reuniam-se na palhoça.

Dali partiam sorridentes,
Todas com forquilhas na mão;
Em busca de serpentes,
Para prendê-las ao chão.


(Wesley Rezende) 

Seção Poema — Deposto

sexta-feira, 18 de novembro de 2011 § 0

Deposto

Posto está a ousadia
do dia-a-dia;
não há nada que contraria
a vontade da natureza.

Põe-se o sol,
pois a luz
por mentes

é esquecida.

Dívidas de amor,
por causa de todo o amor do mundo,
são proteladas.

Posto está a tirania,
dia a dia,
enquanto a ousadia de se amar
estiver esquecida.


(Wesley Rezende)