Seção Poema — Sonâmbulo

sábado, 18 de junho de 2011 § 5

Sonâmbulo

Dorme em pé, acordado, levantando
Dorme sentado, andando e reclamando
Tic tic tic
Tic tic tac

Acorda babão! Acorda babão!
Meu sono não é em vão
Pra escutar segredos tão
Tolos durante toda escuridão

Do-dia

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§ 5 Response to “Seção Poema — Sonâmbulo”

  • Olá amigo, se pude entender seu poema, com minha humilde definição, a insônia tem acometido maior parte dos brasileiros, isso tem causas diversas, desde a febre da internet até outras razões determinantes deste estado triste da perca do sono. Eu diria que seria uma "second life" onde ficamos dividos entre viver a sonolência ou dormir a qualquer custo. Meu afetuoso abraço. Lou MoonrIsE.

  • Poxa, legal seu comentário. Mas não tenho certeza se sonambulismo tem algo a ver com insônia. Na verdade, eu sou sonâmbulo e não tenho dificuldades para dormir; não me sinto cansado quando acordo.

    De qualquer forma, não tento retratar uma realidade generalizada (talvez de caráter ilusório, como diz Marx). Pelo contrário, os textos partem de experiências ou entendimentos individuais, reais ou ficcionais. A partir disso, podem ser, ou não, semelhantes a "realidade". Assim, o importante é despertar uma reação de identificação ou meditação no interlocutor. Dessa forma, cada um constrói sua própria visão do que é real e/ou geral, como você acabou de fazer tão bem.

    Forte abraço

  • Ravel says:

    Legal esse poema, também. Acho que o (ou a ) Lou confundiu sonambulismo com insônia, mas é curioso que o primeiro acabe gerando a segunda em outra pessoa, criando uma estrutura fantasmal bem interessante. O jogo dessa "assombração" que conta seus segredos com a leveza ou leviandade com que ela (o "fantasma sonâmbulo") é que cria um efeito peculiar e interessante no poema.

  • Ravel says:

    ... com que ela (a "assombração") É TRATADA pela pessoa que tenta acordá-la, eu quis dizer.

  • Valeu, Ravel! O que eu acho interessante também é a falta de paciência. Eu imagino o “babão” levando uma sacudida (risos).